Investimentos em constelações de satélites é uma das áreas que ganha impulso na atual era da exploração fora da Terra, afirma especialista do IEEE, maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade.
A atual era da exploração espacial, denominada New Space, tem atraído um número cada vez maior de variados setores em diferentes continentes. O desenvolvimento de novas constelações de satélites em órbita, que melhoram significativamente o uso da internet de banda larga, é realidade, afirma Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade.
No campo das telecomunicações, especialmente os investimentos nas constelações de pequenos satélites com o objetivo de ampliar o uso da internet ao redor do planeta, alcançando os pontos mais longínquos, avança rapidamente, diz Chuma. “A Nova Era Espacial vai além de lançar satélites e sondas para coletar dados científicos. Hoje é uma relevante oportunidade de negócios, motivando empresas privadas a investirem grandes recursos”, completa.
Chuma vê outros progressos e benefícios para a Humanidade em longo prazo na New Space, com a engenharia tendo participação primordial. “Ao aperfeiçoar tecnologias para cuidar da saúde humana em colônias espaciais, esses mesmos conhecimentos serão usados para melhorar a qualidade de vida aqui na Terra. A busca de recursos naturais, como minerais, por exemplo, fora do nosso planeta poderá reduzir a pressão que o crescimento da população exerce sobre a Terra. Até podemos pensar em produzir alimentos em outros astros e, assim, reduzir a fome nos países pobres”, comenta Chuma.
Nessa nova fase, ele destaca o programa Artemis, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), que visa a levar os humanos de volta à Lua e a planejar futuras viagens a Marte. “A Lua será nossa base de apoio para a tentativa de estabelecer a presença de humanos de forma sustentável fora da Terra e a investigação do espaço profundo. Em vista disso, o Artemis é tão significativo. No presente, o maior gasto para missões espaciais é com o combustível para sair da gravidade da Terra. Construir uma instalação na Lua facilitará bastante outras expedições. E nas missões espaciais a robótica será imprescindível, inclusive poderá ser utilizada na exploração de recursos naturais e produção de alimentos em outros planetas”, afirma o engenheiro.
Sobre o IEEE
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